segunda-feira, 11 de abril de 2016

Descobrindo minha personalidade em pedagogia

  Quero contar sobre como me decidi por ser pedagoga, e logo que ingressei no curso de graduação em pedagogia, me apaixonei por essa profissão que poucos realmente entendem sua real importância. O que deixarei para falar em uma outra postagem.


  Passei longos anos de minha conturbada adolescência, tentando me encontrar e me reconhecer em pessoas, figuras, personagens, enfim tentando colocar outra pessoa dentro da minha  forte  e difícil personalidade.
  Passei por outros cursos de nível superior ( administração: não gosto de matemática, gestão de recursos humanos: gosto de gente; e letras, português/inglês: no qual me decidi que gostaria de educar). Mas ainda fiquei mais alguns anos "curtindo a vida", depois de longos 5 anos, decidi que devia "tomar juízo". E comecei a buscar em Deus, isso mesmo eu disse Deus, busquei uma resposta para minha duvida sobre o que eu deveria ser. 
   Não demorou muito, minha resposta começou a se abrir em minha frente como uma rosa desabrocha na primavera. Comecei a pensar como eu queria ensinar português!
  Então por algum acaso, me motivei a fazer um trabalho social com as crianças da
comunidade onde moro, um trabalho que deu certo enquanto durou. Enfim, no meio dessa grande experiencia me vi ensinando e aprendendo com aquelas pequenas pessoas, as vi entregarem para mim seus problemas, seus desejos, seus sonhos não com a intenção de eu realiza-los. Simplesmente por confiança, eu 
as  respeitava  e elas me respeitavam, eu buscava ensinar algo a elas, e elas aprendiam. Elas me ensinavam muito mais que eu ensinei a elas. Ali percebi, o quanto esse contato, essa relação de desenvolvimento pessoal me enchia de alegria. 
  De repente um autor me foi sugerido a conhecer, busquei sua  obra que me foi sugerida, chamada, Pedagogia do Oprimido (Por mais incrível que pareça, não encontrei fácil não).
  Então em uma estante de uma biblioteca, achei  o nome do autor, Paulo Freire junto a um outro grande pensador da época Myles Horton. O grande divisor de águas, o livro que mudaria o curso da minha vida se chamava " O caminho se faz caminhando, conversas sobre educação  e mudança social". A cada pagina, a cada leitura eu descobria uma pedagogia diferente daquela, que eu, com meu pré-conceito julgava conhecer ("Aquela de ser baba com diploma"), fui me descobrindo, me conhecendo, me encontrando. 
  As ideias, os diálogos, me enchiam de esperança, de fé, de verdades, de amor por ensinar a aprender, ensinar a ser, aprender e  ensinar outros a fazer seu próprio caminho.
Então me decidi, faria pedagogia. Decidi por uma faculdade próximo de casa, pela comodidade e também para valorizar as iniciativas da comunidade onde moro.
 Ingressei em agosto de 2015, e a cada dia de aula me surpreendia mais com a complexidade e a importância de ser um bom pedagogo. Atualmente estou no 2º semestre, e todos os dias me encho de garra e alegria, a cada disciplina que aprendo sei que estou no caminho certo, sei que me encontrei, me conheço cada dia mais, crio novos e transformo velhos valores, me personalizo todo dia um pouquinho. A pedagogia me transforma todos os dias naquilo que eu nem sei o que serei um dia, só sei que me agrado todos os dias disso.
  Espero que assim como eu, muitos possam se conhecer, se encontrar, se personalizar. Para aqueles que se sentem como eu, desejo uma jornada em busca de conhecimento cheias de novas e impactantes descobertas. Agradeço aqueles que chegaram ao fim dessa leitura, me desculpo se não foi o que esperavam. Desejo a todos um bom ingresso em suas instigantes personalidades.

Nem sei por qual motivo comecei este artigo, mas ja que escrevi, decidi que iria postar assim mesmo. 

 Abraços carinhosos,
Bruna Santos

5 comentários:

  1. Bruna tenho certeza que você sera um grande pedagoga.

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    1. Valeu. Mi. Vc é uma linda. Seremos otimas pedagogas. Mudaremos a vida de muitos.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Que lindoooo, estou até emocionada rs, muito bom seu artigo, e que através dele muitas pessoas venham se encontrar também.

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    1. Obrigada, eu acredito na importancia de se encontrar, se construir, decidindo primeiro quem somos. Para depois decidirmos qual o rumo tomaremos, para assim podermos nos colocarmos a serviço da sociedade. <3

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